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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Cap. 8 – Bem Aventurados os Puros de Coração


Pecado por Pensamento e Adultério

5 – Ouvistes que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela. (Mateus, V: 27-28).


6 – A palavra adultério não deve ser aqui entendida no sentido exclusivo de sua acepção própria, mas com sentido mais amplo. Jesus a empregou freqüentemente por extensão, para designar o mal, o pecado, e todos os maus pensamentos, como, por exemplo, nesta passagem: “Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vierem na glória de seu Pai, acompanhado dos santos anjos”. (Marcos, VIII: 38).
A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal. Foi isso que Jesus quis dizer, condenando o pecado, mesmo em pensamento, porque ele é um sinal de impureza.
7 – Este princípio leva-nos naturalmente a esta questão: Sofrem-se as conseqüências de um mau pensamento que não se efetivou?
Temos de fazer aqui uma importante distinção. À medida que a alma, comprometida no mau caminho, avança na vida espiritual, vai-se esclarecendo, e pouco a pouco se liberta de suas imperfeições, segundo a maior ou menor boa-vontade que emprega, em virtude do seu livre arbítrio. Todo mau pensamento é portanto o resultado da imperfeição da alma. Mas, de acordo com o desejo que tiver de se purificar, até mesmo esse mau pensamento se torna para ela um motivo de progresso, porque o repele com energia. É o sinal de uma mancha que ela se esforça por apagar. Assim, não cederá à tentação de satisfazer um mau desejo, e após haver resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Aquela que, pelo contrário, não tomou boas resoluções, ainda busca a ocasião de praticar o mau ato, e se não o fizer, não será por não querer, mas apenas por falta de circunstâncias favoráveis. Ela é, portanto, tão culpada, como se o houvesse praticado.
Em resumo: a pessoa que nem sequer concebe o mau pensamento, já realizou o progresso; aquela que ainda tem esse pensamento, mas o repele, está em vias de realizá-lo; e por fim, aquela que tem esse pensamento e nele se compraz, ainda está sob toda a força do mal. Numa, o trabalho está feito; nas outras, está por fazer. Deus, que é justo, leva em conta todas essas diferenças, na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.

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