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domingo, 31 de julho de 2016

24 O Que Se Deve Entender Por Pobres de Espírito

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 7 - Bem Aventurados os Pobres de Espírito

1 – Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus (São Mateus, V: 3)

2 – A incredulidade se diverte com esta máxima: Bem aventurados os pobres de espírito, como com muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito, entretanto, Jesus não entende os tolos, mas os humildes, e diz que o Reino dos Céus é destes e não dos orgulhosos.

Os homens cultos e inteligentes, segundo o mundo, fazem geralmente tão elevada opinião de si mesmos e de sua própria superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de sua atenção. Preocupados somente com eles mesmos, não podem elevar o pensamento a Deus. Essa tendência a se acreditarem superiores a tudo leva-os muito freqüentemente a negar o que, sendo-lhes superior, pudesse rebaixá-los, e a negar até mesmo a Divindade. E, se concordam em admiti-la, contestam-lhe um dos seus mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, convencidos de que são suficientes para bem governá-lo.

Tomando sua inteligência como medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem admitir como possível aquilo que não compreendem. Quando se pronunciam sobre alguma coisa, seu julgamento é para eles inapelável.

Se não admitem o mundo invisível e um poder extra humano; não é porque isso esteja fora do seu alcance, mas porque o seu orgulho se revolta à idéia de alguma coisa a que não possam sobrepor-se, e que os faria descer do seu pedestal. Eis porque só tem sorrisos de desdém por tudo o que não seja do mundo visível e tangível.

Atribuem-se demasiada inteligência e muito conhecimento para acreditarem em coisas que, segundo pensam, são boas para os simples, considerando como pobres de espírito os que as levam a sério.

Entretanto, digam o que quiserem, terão de entrar, como os outros, nesse mundo invisível que tanto ironizam. Então seus olhos se abrirão, e reconhecerão o erro. Mas Deus, que é justo, não pode receber da mesma maneira aquele que desconheceu o seu poder e aquele que humildemente se submeteu às suas leis, nem aquinhoá-los por igual.

Ao dizer que o Reino dos Céus é para os simples, Jesus ensina que ninguém será nele admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus.

Em todas as circunstâncias, ele coloca a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que dele nos afastam. E isso por uma razão muito natural, pois a humildade é uma atitude de submissão a Deus, enquanto o orgulho é a revolta contra Ele.

Mais vale, portanto, para a felicidade do homem, ser pobre de espírito, no sentido mundano, e rico de qualidades morais.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

23 Mistérios Ocultos Aos Sábios E Prudentes

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 7 - Bem Aventurados os Pobres de Espírito

7 – Naquele tempo, respondendo, disse Jesus: Graças te dou a ti, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelaste aos simples e pequeninos. (Mateus, XI: 25).

8 – Pode parecer estranho que Jesus renda graças a Deus por haver revelado essas coisas aos simples e pequeninos, que são os pobres de espírito, ocultando-as aos sábios e prudentes, mais aptos, aparentemente, a compreendê-las. É que precisamos entender pelos primeiros os humildes, os que se humilham diante de Deus e não se consideram superiores aos outros; e, pelos segundos, os orgulhosos, envaidecidos com o seu saber mundano, que se julgam prudentes, pois que eles negam a Deus, tratando-o de igual para igual, quando não o rejeitam. Isso porque, na antiguidade, sábio era sinônimo de sabichão. Assim, Deus lhes deixa a busca dos segredos da Terra, e revela os do Céu aos humildes, que se inclinam perante Ele.

9 – O mesmo acontece hoje com as grandes verdades reveladas pelo Espiritismo. Certos incrédulos se admiram de que os Espíritos se esforcem tão pouco para os convencer. É que eles se ocupam dos que buscam a luz com boa-fé e humildade. De preferência aos que julgam possuir toda a luz e parecem pensar que Deus deveria ficar muito feliz de os conduzir a Ele, provando-lhes a sua existência.

O poder de Deus se revela nas pequenas como nas grandes coisas. Ele não põe a luz sob o alqueire, mas a derrama por toda à parte; cegos são os que não a vêem. Deus não quer abrir-lhes os olhos à força, pois que eles gostam de os ter fechados. Chegará a sua vez, mas antes é necessário que sintam as angústias das trevas, e reconheçam Deus, e não o acaso, na mão que lhes fere o orgulho.

Para vencer a incredulidade, ele emprega os meios que lhe convém, segundo os indivíduos. Não é a incredulidade que lhe há de prescrever o que deve fazer, ou que lhe vai dizer: Se quiserdes me convencer, é necessário que faças isto ou aquilo, neste momento e não naquele, porque este é que me convém.

Não se admirem, pois, os incrédulos; se Deus e os Espíritos, que são os agentes da sua vontade, não se submetem às suas exigências.

Perguntem o que diriam, se o último dos seus servos lhes quisessem fazer imposições. Deus impõe condições, não se submete a elas. Ouve com bondade os que o procuram humildemente, e não os que se julgam mais do que Ele.

10 – Deus, dir-se-á, não poderia tocá-los pessoalmente por meio de prodígios evidentes, perante os quais o mais incrédulo teria de curvar-se?

Sem dúvida que o poderia, mas, nesse caso, onde estaria o seu mérito; e ademais, de que serviria isso? Não os vemos diariamente recusar a evidência, e até mesmo dizer: Ainda que o visse, não acreditaria, pois sei que é impossível? Se eles se recusam a reconhecer a verdade, é porque o seu espírito ainda não está maduro para a compreender, nem o seu coração para a sentir.

O orgulho é a venda que lhes tapa os olhos. Que adianta apresentar a luz a um cego? Seria preciso, pois, curar primeiro a causa do mal; eis porque, como hábil médico, Ele castiga primeiramente o orgulho. Não abandona os filhos perdidos, pois sabe que, cedo ou tarde, seus olhos se abrirão; mas quer que o façam de vontade própria. E então, vencidos pelos tormentos da incredulidade, atirar-se-ão por si mesmo em seus braços, e como o filho pródigo lhe pedirão perdão.

Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

22 Missão do Homem Inteligente na Terra

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 7 - Bem Aventurados os Pobres de Espírito

13 – Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais uma das sumidades desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer.

Se Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. Porque é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com o qual podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Deus.

A natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro põe nas mãos do seu ajudante não indica que ele deve cavar? E o que diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu senhor? Diríeis que isso é horroroso, e que ele deve ser expulso.

Pois bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir, entre os seus irmãos, a idéia da Providência? Não ergue contra o seu Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o será, não o duvideis, e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhação, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade.

Muitos, infelizmente a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesma lhe deu.

Fonte da imagem: Internet Google.