O
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 7 -
Bem Aventurados os Pobres de Espírito
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– Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem
estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais uma das sumidades
desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer.
Se
Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a
vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. Porque
é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com o qual
podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e
conduzi-las a Deus.
A
natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o
jardineiro põe nas mãos do seu ajudante não indica que ele deve cavar? E o que
diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o
seu senhor? Diríeis que isso é horroroso, e que ele deve ser expulso.
Pois
bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para
destruir, entre os seus irmãos, a idéia da Providência? Não ergue contra o seu
Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao
salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o
será, não o duvideis, e arrastará existências miseráveis e cheias de
humilhação, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.
A
inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem
empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os
desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a
humanidade.
Muitos,
infelizmente a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição para si
mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades,
mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode
retirar-lhe o que ela mesma lhe deu.
Fonte da imagem:
Internet Google.
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