O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 4 – Ninguém Pode Ver o Reino de Deus, Se Não Nascer de
Novo
SÃO LUIS - Paris,
1859
24 – Quais
são os limites da encarnação?
A encarnação
não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados, se por isto se
entende o envoltório que constitui o corpo do Espírito, pois a materialidade
desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica. Em certos mundos,
mais avançados que a Terra, ele já se apresenta menos compacto, menos pesado e
menos grosseiro, e consequentemente menos sujeito a vicissitudes. Num grau mais
elevado, desmaterializa-se e acaba por se confundir com o perispírito. De acordo
com o mundo a que o Espírito é chamado a viver, ele se reveste do envoltório
apropriado à natureza desse mundo.
O
perispírito mesmo sofre transformações sucessivas. Eteriza-se mais e mais, até
a purificação completa, que constitui a natureza dos Espíritos puros. Se mundos
especiais estão destinados, como estações aos Espíritos mais avançados, estes
não ficam sujeitos a eles, como nos mundos inferiores: o estado de libertação
que já atingiram permite-lhes viajar para toda parte, onde quer que sejam
chamados pelas missões que lhes foram confiadas.
Se
considerarmos a encarnação do ponto de vista material, tal como a vemos na
Terra, podemos dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende do
Espírito, portanto, libertar-se mais ou menos rapidamente da encarnação,
trabalhando pela sua purificação.
Temos ainda
a considerar que, no estado de erraticidade, ou seja, no intervalo das
existências corporais, a situação do Espírito está em relação com a natureza do
mundo a que o liga o seu grau de adiantamento. Assim, na erraticidade, ele é
mais ou menos feliz, livre e esclarecido, segundo for mais ou menos
desmaterializado.
Fonte da imagem: Internet Google.
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