O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS
77.
PREFÁCIO. As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena;
são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo
que habitamos.
As paixões e
os excessos de toda ordem semeiam em nós germens malsãos, às vezes
hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou moralmente, o organismo
humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades
e o corpo não é minado surdamente pelo corrosivo das paixões. (Cap. III, n° 9.)
Temos,
assim, de nos resignar às consequências do meio onde nos coloca a nossa
inferioridade, até que mereçamos passar a outro. Isso, no entanto, não é de
molde a impedir que, esperando tal se dê, façamos o que de nós depende para
melhorar as nossas condições atuais. Se, porém, mau grado aos nossos esforços,
não o conseguirmos, o Espiritismo nos ensina a suportar com resignação os
nossos passageiros males.
Se Deus não
houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em
certos casos, não houvera posto ao nosso alcance meios de cura. A esse
respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação,
indica que é dever nosso procurar esses meios e aplicá-los.
A par da
medicação ordinária, elaborada pela Ciência, o magnetismo nos dá a conhecer o
poder da ação fluídica e o Espiritismo nos revela outra força poderosa na
mediunidade curadora e a influência da prece. (Ver, no Cap. XXVI, a notícia
sobre a mediunidade curadora).
78. Prece. (Para ser dita pelo doente.)
- Senhor, pois que és todo justiça, a enfermidade que te aprouve mandar-me
necessariamente eu a merecia, visto que nunca impões sofrimento algum sem
causa.
Confio-me,
para minha cura, à tua infinita misericórdia. Se for do teu agrado restituir-me
a saúde, bendito seja o teu santo nome. Se, ao contrário, me cumpre sofrer
mais, bendito seja ele do mesmo modo.
Submeto-me,
sem queixas, aos teus sábios desígnios, porquanto o que fazes só pode ter por
fim o bem das tuas criaturas.
Dá, ó meu
Deus, que esta enfermidade seja para mim um aviso salutar e me leve a refletir
sobre a minha conduta. Aceito-a como uma expiação do passado e como uma prova
para a minha fé e a minha submissão à tua santa vontade. (Veja-se a prece n°
40.)
79. Prece. (Pelo doente.) - Meu Deus,
são impenetráveis os teus desígnios e na tua sabedoria entendeste de afligir a
N... pela enfermidade. Lança, eu te suplico, um olhar de compaixão sobre os
seus sofrimentos e digna-te de pôr lhes termo.
Bons
Espíritos, ministros do Onipotente, secundai, eu vos peço, o meu desejo de
aliviá-lo; encaminhai o meu pensamento, a fim de que vá derramar um bálsamo
salutar em seu corpo e a consolação em sua alma.
Inspirai-lhe
a paciência e a submissão à vontade de Deus; dai-lhe a força de suportar suas
dores com resignação cristã, a fim de que não perca o fruto desta prova.
(Veja-se a prece n° 57.)
80. Prece. (Para ser dita pelo médium
curador.) - Meu Deus, se te dignas servir-te de mim, indigno como sou, poderei
curar esta enfermidade, se assim o quiseres, porque em ti deposito fé. Mas, sem
ti, nada posso. Permite que os bons Espíritos me cumulem de seus fluidos
benéficos, a fim de que eu os transmita a esse doente, e livra-me de toda ideia
de orgulho e de egoísmo que lhes pudesse alterar a pureza.
Assim seja.
Fonte da
imagem: Internet Google.
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