O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS
30.
PREFÁCIO. Quando um motivo de aflição nos advém, se lhe procurarmos a causa,
amiúde reconheceremos estar numa imprudência ou imprevidência nossa, ou, quando
não, em um ato anterior. Em qualquer desses casos, só de nós mesmos nos devemos
queixar. Se a causa de um infortúnio independe completamente de qualquer ação
nossa, é ou uma prova para a existência atual, ou expiação de falta de uma
existência anterior, caso, este último, em que, pela natureza da expiação,
poderemos conhecer a natureza da falta, visto que somos sempre punidos por
aquilo em que pecamos. (Cap. V, nº 4, nº 6 e seguintes).
No que nos
aflige, só vemos, em geral, o presente e não as ulteriores consequências
favoráveis que possa ter a nossa aflição. Muitas vezes, o bem é a consequência
de um mal passageiro, como a cura de uma enfermidade é o resultado dos meios
dolorosos que se empregaram para combatê-la, Em todos os casos devemos
submeter-nos à vontade de Deus, suportar com coragem as tribulações da vida, se
queremos que elas nos sejam levadas em conta e que se nos possam aplicar estas
palavras do Cristo: "Bem-aventurados os que sofrem." (Cap. V, nº 18).
31. Prece: - Meu Deus, és soberanamente
justo; todo sofrimento, neste mundo, há, pois, de ter a sua causa e a sua
utilidade. Aceito a aflição que acabo de experimentar, como expiação de minhas
faltas passadas e como prova para o futuro.
Bons
Espíritos que me protegeis, dai-me forças para suportá-la sem lamentos. Fazei
que ela me seja um aviso salutar; que me acresça a experiência; que abata em
mim o orgulho, a ambição, a tola vaidade e o egoísmo, e que contribua assim
para o meu adiantamento.
Assim Seja.
32. (Outra) Prece: - Sinto, ó meu Deus, necessidade
de te pedir me dês forças para suportar as provações que te aprouve
destinar-me. Permite que a luz se faça bastante viva em meu espírito, para que
eu aprecie toda a extensão de um amor que me aflige porque me quer salvar.
Submeto-me resignado, ó meu Deus; mas, a criatura é tão fraca, que temo
sucumbir, se me não amparares. Não me abandones, Senhor, que sem ti nada posso.
Assim seja.
33. (Outra) Prece: - A ti, dirigi o meu olhar, ó Eterno,
e me senti fortalecido. És a minha força, não me abandones. Ó meu Deus,
sinto-me esmagado sob o peso das minhas iniquidades. Ajuda-me. Conheces a fraqueza
da minha carne, não desvies de mim o teu olhar!
Ardente sede
me devora; faze brotar a fonte da água viva onde eu me dessedente. Que a minha
boca só se abra para te entoar louvores e não para soltar queixas nas aflições
da minha vida. Sou fraco, Senhor, mas o teu amor me sustentará.
Ó Eterno, só
tu és grande, só tu és o fim e o objetivo da minha vida! Bendito seja o teu
nome, se me fazes sofrer, porquanto és o Senhor e eu o servo infiel. Curvarei a
fronte sem me queixar, porquanto só tu és grande, só tu és a meta.
Assim seja.
Fonte da
imagem: Internet Google.
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